FRIO
Reconheço que andei distante
Do paraíso de nós dois...
Esboçado em um papel frágil
Desgastado pelo tempo...
Sei que terminará...
Como todas as outras histórias,
Que já escrevi...
As palavras pouco a pouco se apagam...
Desfazem-se as juras,
E de repente... Fim!
Abrimos os olhos... Acordamos;
Guarda-se a coragem...
Esta, que nós faz feliz,
Em vestirmos a alegoria de bobo da corte
Ou de um soldado espartano,
O Qual tudo enfrenta...
O encanto se vai...
Deixando-nos despidos de fantasias,
Trazendo-nos de volta a nós mesmos,
Sentimos medo da própria companhia...
Agora somos apenas almas desnudas,
Desprovidas de agasalho humano,
Pedimos aconchego a tal solidão,
Para não ficarmos a mercê do frio...
E da saudade...
Da saudade... Que a falta do amor faz.
01/02/2012 as
02h41min
Keu Seixas