Ocaso

O céu esmeralda

vai fechando a tarde.

Cravada a terra de luzes

este momento me sabe

a eternidade.

Passa uma borboleta

flertando na janela.

Meu abajur no vidro

se disfarça de estrela.

Corpos de árvores perfilam-se

desenhando o céu:

uma flor, um anjo, um dragão.

- Livres traços de Deus

na escuridão.

Silêncio perfurado

por cães, pássaros, risos.

Ó, uma estrela ali na imensidão

- Preciso.

(Direitos autorais reservados).

Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 14/01/2007
Reeditado em 26/12/2010
Código do texto: T347045
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