Amores Galináceos

Sharik Letak

 

Galo índio estufa o peito

E cacareja excitado

Rodeando a galinha.

 

Mas ela tem outro broto,

Num cacarejo maroto

Dispara pelo quintal.

 

O galo é um “Índio”, é forte,

Briga mesmo, até à morte

É bonito e valentão,

 

Ela escolhe o Garnisé,

Um galinho fracote

Mas que nunca foge à luta.

 

É Davi contra Golias,

É a manha e galardia

Contra orgulho e força bruta.

 

Quase sempre o Índio vence

Mas o galã não convence

A namoradinha, não!

 

A galinha tem mau gosto?

É macumba, é um encosto?

 

  • São coisas do coração!

 

Manhuaçu (MG), 28 de janeiro de 2012, às 13:29 hs.