Aquele menino...
Aquele menino...
Aquele menino que sonhava...
Aquele menino que buscava...
Ah, aquele menino!
Aquele menino que sorria!
Aquele menino que amava...
Ah, aquele menino!
Não, eu não lembro mais qual era o sonho daquele menino.
Talvez fosse viajar num foguete em direção a lua ou quem sabe se transformar num herói japonês.
Talvez fosse ser entrevistado pela rainha dos baixinhos.
Quem sabe ter uma família comum de pai, mãe e irmãozinhos?
Não, eu não me lembro mais qual era o sonho daquele garoto, mas eu sei que ele muito sonhava.
Deus, como sonhava aquele garoto!
Sim, ele sonhava, mesmo com a vida sendo tão madrasta e tão dura!
E como buscava aquele garoto!
Eu não sei o que ele buscava, só sei que ele nunca parava de buscar nem mesmo quando chorava.
Ah, aquele garoto, sempre buscando algo ou alguma coisa, em tudo e em todos.
Mas, não, eu não me lembro mais o que aquele garoto tanto buscava.
Mas, eu sei que aquele garoto sorria, porém, não me lembro do que era que ele tanto ria.
Ah, aquele menino que sonhava!
Aquele menino que buscava!
Aquele menino que sorria!
Não, eu não sei mais o que ele tanto buscava, nem sei com o que ele tanto sonhava, e nem ao menos sei porque ele tanto sorria.
Só sei que ele fazia a vida parecer bem mais leve.
E me dói muito.
Dói muito não saber quando foi que eu me perdi daquele menino.
Sim, porque o menino foi embora.
E o homem que ficou nunca mais sonhou.
Sim, o homem que ficou nunca mais buscou.
E ele nunca, nunca mais sorriu.
Não, o homem que ficou nunca mais sorriu, nunca mais, nunca mais.