O cavaleiro errante
Ao entardecer, olhando o Pôr do Sol,
Meus olhos contemplavam aquela cena impar,
Em que a natureza mostrava sua beleza,
Mesclando de dourado as flores do campo.
E lá no azul do céu, as nuvens que restavam
Mostravam sua arte em formas originais...
E a cada movimento um desenho aparecia,
Até a despedida do nosso astro Rei.
E quando à tardinha começava a escurecer,
Lá ao longe uma sombra aparecia...
Montado em seu cavalo negro
Impetuoso surgia,
Um misterioso cavaleiro.
Galopava nas colinas...
E sem motivo ou razão
De novo desaparecia...
Deixando um mistério no ar.
Aquela aparição me intrigava,
Quem seria aquele personagem
Cheio de mistério e fantasia...
Aparecendo sempre ao terminar o dia?!
Boatos, histórias, lendas surgiam...
Mas o fato real ninguém sabia.
Passou-se um tempo e um certo dia,
Surge ao longe a misteriosa figura...
Vem-se achegando no seu esguio cavalo,
O misterioso cavaleiro errante!
Meu coração bateu descompassado
Ao ver de perto aquele belo moço,
De olhar sereno e sorriso meigo
Que conquistou minh’alma e coração.
E a paixão surgiu tão repentina,
Que me assustou e me deixou sem fala
Quando tocou as suas mãos nas minhas,
E declarou por mim o seu amor.
Era um amor que ocultava há tempos,
Pois sempre me observava a olhar à tarde,
Mas o receio de ser rejeitado...
O impedia de se aproximar,
Por isso, aparecia no final do dia,
Para de longe, seu amor olhar!
Agora eu e o cavaleiro errante...
Ficamos juntos a olhar à tarde,
Que a natureza, com seu toque mágico,
Fez nosso amor se tornar mais belo,
Belo e real... como o entardecer!
There Válio – 24-12-2011.