Insônia

Como mancha de batom,

tiro no banho a minha noite.

Noite da janela,

noite da noite,

da lua nua, da morena da rua.

Do batom negro da noite,

do brilho da noite.

Livros, noite, livros, noite.

Da janela, da varanda, do telhado, das estrelas

do meu quintal.

Noite que vem surgindo, que vai sumindo, me consumindo...

Noites que não durmo,

noites que não sonho,

noites que roubam a noite.

Noite, noite, noite...

Que me traz alegrias,

que me invade os espaços

num curto espaço.

Noite de meus dias,

há dias que te espero e não te percebo,

na minha janela.

VALBER DINIZ
Enviado por VALBER DINIZ em 21/12/2011
Código do texto: T3399731
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