A MINHA RESPOSTA
Vejo em meu caminho uma luz
Que por vezes enfraquece para então
Brilhar ainda mais forte
Mas que tragédia é viver
Essa ferida mantida aberta pelas memórias
Que às vezes nos assolam sem piedade
De onde vem a minha dor
A agonia, a depressão a tristeza
Por que não fechar os olhos e envelhecer feliz?
A vergonha me consome por motivos banais
Sou o tolo que se veste de profeta
Sou o fraco em pele de leão
A falha é meu destino
E fiz dela a minha rotina e da rotina não escapo
Sorrisos me aborrecem, lágrimas me tocam
Sou eu o terreno frágil de meu próprio alicerce
Sou o próprio-aborto
A vergonha, o ódio, a desesperança
Na ânsia da culpa me vejo
E do alívio da alegria me afasto
O Adeus é constante em uma vida breve
Realiza-se aquele que se auto-controla
Se auto-intitula e se ama
Mas eu adoro me ver por cima e por baixo
Me perco e me acho
Mas não paro e me pergunto
E me pergunto, e me pergunto quando encontrarei a minha resposta!