A MINHA RESPOSTA

Vejo em meu caminho uma luz

Que por vezes enfraquece para então

Brilhar ainda mais forte

Mas que tragédia é viver

Essa ferida mantida aberta pelas memórias

Que às vezes nos assolam sem piedade

De onde vem a minha dor

A agonia, a depressão a tristeza

Por que não fechar os olhos e envelhecer feliz?

A vergonha me consome por motivos banais

Sou o tolo que se veste de profeta

Sou o fraco em pele de leão

A falha é meu destino

E fiz dela a minha rotina e da rotina não escapo

Sorrisos me aborrecem, lágrimas me tocam

Sou eu o terreno frágil de meu próprio alicerce

Sou o próprio-aborto

A vergonha, o ódio, a desesperança

Na ânsia da culpa me vejo

E do alívio da alegria me afasto

O Adeus é constante em uma vida breve

Realiza-se aquele que se auto-controla

Se auto-intitula e se ama

Mas eu adoro me ver por cima e por baixo

Me perco e me acho

Mas não paro e me pergunto

E me pergunto, e me pergunto quando encontrarei a minha resposta!

Pássaro das Palavras
Enviado por Pássaro das Palavras em 14/12/2011
Código do texto: T3389061
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