Tormenta
Em meio a sentimentos
Alguns tão guardados com o tempo
Vem o sermão da vitória
E nos desvia de tormentos
Não me sinto vangloriada
Nem tão pouco descartada
De maneira a sublimar
O infinito chamado se encontrar
Concordo com você
Quando abro a chave minha
Na lareira da cozinha
Me chamando de mulher
Mulher desencontrada
Sem saber onde sua jornada
Vai de fato começar
Mulher de um amor
Que se sente hoje fraca
Por este ter desviado
De o infinito chamado amar
Não estou bem certa
Das conquistas incertas
Das quais muitas vezes falo
Das minhas descobertas
Ao me sentir despreparada
Com a vida ininhada
Contorço os nós dentro de mim
Confundo sentimentos
Pego-me em novos ventos
Uma carona ao luar
Desço novamente
Com a alma ardente
De não poder de fato
Em um pulo me abraçar
Mas vou seguir carreira
Me sentindo protagonista
Da vida, de sonhos e metas
Que um dia tracei para mim
Devo perdão a muitos
Que não sabem quem eu sou
Me procuram intensamente
Mas encontram a minha dor
A dor é só minha,
Não penses em se enganar
Afinal a dor foi feita
Para aprendermos a caminhar