Inverno no Vale
Sentir-se como um vale em pleno inverno,
sem folhas, sem frutos, sem vida
ou como um deserto sem esperança
um oceano profundo
num olhar de lágrimas.
Ouço cânticos presente dos dias tristes
Sem vida
Apenas o som de um rio passando
Sem volta
Porque as folhas caem?
Onde ficou o verde?
Os galhos balançando com o vento
Transmitindo a dança frenética da natureza?
Onde está a vida?
Um sorriso?
Uma lágrima...
Um céu negro!
Um sol fosco!
Uma lembrança sem rosto!
Sem chuva!
Sem verde!
Sem lua!
Eterno vazio.
Sem esperança.
Sem vida.
Ou um sorriso de criança.
Sem malícia.
Transborda no intimo do meu ser
Sentimentos que me sufocam
E matam meu mundo
Inunda como o oceano
Ou o universo triste
Sozinho
A natureza em meio ao inverno
Ou um deserto sem vida
Ou um pássaro sem asas
E sem ninho.
Paulo Cristian Mendonça 05/11/1997