Fim de tarde

Pela estrada de chão batido

De onde levanta a poeira vermelha

Da terra fértil do meu Paraná

Vejo que vai lá longe

Um estranho apressado

No seu carro veloz

Correndo da chuva que vai chegar.

Outros tempos na minha terra

Muito carro eu não via passar

Tão poucos quase raros

Que o silêncio incólume ficava.

Não reclamo se hoje há muitos

De um lado para outro

Inquietos a passear

Eu por mim continuo o mesmo

No canto calmo

Do meu sítio

No fim de tarde a filosofar.