Palhaço morto que por trás da máscara tem sangrando um coração ( Em homenagem a ausência de um grande amor tão perto)
Sou o palhaço triste que usa maquiagem para fugir de mim mesmo
Sou o teatro de fantasias e ilusões que teima em contracenar com a dor
Sou o eufemismo da ânsia, sou o sonho não sonhado
Sou o mito de uma saga de amor
Eu... o palhaço bailarino
Que dança ao som de triste melodia
Que salta no vazio da arena e na platéia uma multidão assiste
Sou apenas um palhaço triste, que faz rir, numa utopia
Quem sou eu?
Quem sou eu, que faço rir e choro por dentro
Que faço da tristeza um dínamo para a alegria da platéia
Quem sou, quem sou... Cercado por uma alcatéia?
Onde estou no meu mundo
Onde o meu mundo está agora?
Como vivo se sou mudo
Um palhaço que por dentro chora
Não tenho voz, apenas um maquiado sorriso
Que faz sorrir com minha interpretação
Sou um palhaço no circo da vida e por muito dolorida
Minh’alma sofre de paixão
Eu sou aquele que corre ao teu encontro
Eu sou aquele que te busca para ter felicidade
Sou apenas um palhaço surdo e mudo
Sou apenas o que a saudade provocou morticidade
Sou palhaço que não quer mais essa máscara
Sou alguém por trás do personagem
Sou um homem que sofre meu próprio espetáculo
Alguém que te ama tanto que nem de se revelar tem coragem...
Sou um pobre palhaço sem fôlego, sem vida e sem candura
Sou mendigo de seu amor e seu carinho tão bem vindo
Palhaço morto que por trás da máscara tem sangrando um coração
Mas que se apresenta como se tivesse sorrindo...