Poeta joio
Eu preciso escrever que não preciso escrever preciso
Assim como uma paródia, uma cópia, uma imitação.
Talvez uma distração, uma homenagem...
Uma inspiração.
Precisa mesmo é esta distância
À distância assim me parece
Disto, sei que o meu verso padece:
Infinda légua, finito orgulho.
Ah, se verso eu tivesse!
A cada momento que via
E a cada emoção com maestria
Transformá-los-ia em poesia
Mas não, sou apenas palha.
Espremida, ressecada, esquálida réstia dos mestres
Perdido entre a forma e o veio
Como se fora o joio ao trigo as vezes confundido