Houve

Há-de ouvir o grito,

Dos desapegados

Talhados, sobre as faces

Enegrecidas, da saudade

Há-de ouvir o grito,

Dos desafortunados

Daqueles que pelas ruas vagam

Num eterno, brando momento

Que parece dor, no silêncio

Gritos d’alma que ressoa

Da goela, sem calma

Ouvi-se de longe

Os passos, do grito

Avulto...

Na estuga, que não cessa

Há-de se ouvir, o grito

E lamentar,

Pelos desapegados

Daqueles,

Que se faz prazer,

Dignar-se,

Não deplorar ...

Junior Antonio
Enviado por Junior Antonio em 29/12/2006
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