Houve
Há-de ouvir o grito,
Dos desapegados
Talhados, sobre as faces
Enegrecidas, da saudade
Há-de ouvir o grito,
Dos desafortunados
Daqueles que pelas ruas vagam
Num eterno, brando momento
Que parece dor, no silêncio
Gritos d’alma que ressoa
Da goela, sem calma
Ouvi-se de longe
Os passos, do grito
Avulto...
Na estuga, que não cessa
Há-de se ouvir, o grito
E lamentar,
Pelos desapegados
Daqueles,
Que se faz prazer,
Dignar-se,
Não deplorar ...