MINHAS MADRUGADAS
“Um depoimento quase verdadeiro”
(cmgtpoeta@yahoo.com.br) Poeta Maribondo – 02/11/2011
A madrugada já não é minha companheira.
Como ela sempre foi até alguns anos atrás.
Já não tenho sonhos, hoje tenho pesadelos.
Atualmente, já não consigo dormir em paz.
Durante uma noite de insônia, eu descobri.
Como foi que num “Solitário”, eu me tornei.
Recuso os convites, as amizades e ate o amor.
A felicidade procurou por mim, eu recusei.
A única certeza diária desta minha nova vida.
É para o meu trabalho, todos os dias, retornar.
Este é para mim o meu grande compromisso.
Não tenho mais vontade de ir para outro lugar.
Faço as compras semanais na volta do trabalho.
Quando chego em casa eu não quero mais sair.
A televisão, o radio, a leitura e o computador.
São as únicas alegrias que me fazem sorrir.
Hoje a minha solidão é a minha companheira.
Madrugada há dentro, busco minha inspiração.
Minha mente trabalha, logo surge uma poesia.
Nascida da minha alma, fruto da minha solidão.
Hoje estou sozinho, vivendo sem ter ninguém.
Da minha família e dos amigos eu me afastei.
Deus e meus poemas são os meus companheiros.
Nas madrugadas solitárias que para mim criei.
Hoje os meus amigos são quase todos virtuais.
Num clicar de dedo, com eles, eu posso falar.
Os Sites onde hoje divulgo as minhas poesias.
Foi a única maneira que achei para eu viajar.
Os meus filhos, já crescidos, são independentes.
Com muito trabalho tentam o futuro, organizar.
Já não podem ficar comigo, como eu gostaria.
Mas sei, mesmo de longe, continuam a me amar.
Hoje sonho com um belo futuro para os meus filhos.
Vencedores, alegres, felizes, cheios de paz e amor.
Peço ao meu Deus que realize todos os seus sonhos.
Quem sabe, com seus filhos, me chamando de vovo.
Acredito da minha solidão, este seja o único remédio.
Para que nas madrugadas, eu possa voltar a sonhar.
Um dia os meus netos me façam esquecer a solidão.
Que a felicidade chegue aqui e venha para morar.