HARMONIA
A chuva fina sem enxurrada
Cai devagar sobre as folhas
Salpica os pedregulhos da estrada
Eu abro os braços, deixo-a cair em mim
Como se me abraçasse
Na noite, até a pouco, enluarada
Lentamente ela lava meu corpo
A minha alma, até as dores
São lavadas
Assim restauro a alma leve
Volto a ser eu, um ente natural
Em harmonia com a noite molhada!