Quando ela vai
Ela foi embora flutuando,
flutuando não.
Ela foi embora absolvida pelo vento.
Foi junto com folhas e cheiros,
foi cantando pelo galhos secos,
foi embora mergulhada na infinitude
do invisível.
É e sempre um vazio muito grande
quando ela se vai,
pq a natureza se quebra em pedaçinhos miúdos
apenas para segui-la.
E eu me sinto rodeado do nada,
pq nem o vento ela me deixa,
nem o vento ela me deixa.
Senão fosse esse ardor,
senao fosse essa saudade que escorre e que queima,
eu iria até lá,iria mil vezes,iria todos os dias da minha vida se fosse preciso.
Ai de mim se essa saudade fosse maior do que a certeza de um não.