O Pequeno sítio

Do alpendre da varanda
De minha casa pequenina
Via o sol indo embora
Se deitando nos verdes prados

Lentamente vinha chegando
Os animais que estavam no pasto
Na comissão de frete como era de lei
Vinha forte o boi malhado.

Depois dele, vinham as vacas,
Os bezerros, as cabras e galinhas,
E por último a mula “primavera”,
Cansada, já velhinha.

Se vir era bom
Imagina participar
Depois de todos se alojarem
Lá ia eu cuidar.

Entre capim, e água fresca,
Palavra de carinho ia dizendo
Como forma de agradecer
O que por mim vinham fazendo.

A tudo eles ouviam
E a seu modo respondiam
A integração era total
Era uma conversa entre amigos

Após essa lida prazerosa
Um banho em água fresca me animava
Um gole de café bem quentinho
Para a brisa da noite me preparava.

Já de madrugada eu ouvia
O galo corneteiro anunciar
Que as estrelas já se recolhiam
Que ele, o sol já ia chegar.

O seu canto anunciava,
Um novo alvorecer
E toda a bicharada
Já sabia o que fazer.

Derrepente o sol chegava
E de novo era o recomeço
Cada um a seu cada um
Levando o dia sem tropeço.

E de novo a felicidade
Voltou no campo a reinar
Pois todos que saiam
Tinham a certeza do voltar.

Voltar para o repouso
Após mais um dia vencido
E lá estava eu
No alpendre envaidecido.

E novamente as estrelas
Puseram-se a se recolher
E igualmente todos juntos
Esperávamos um novo amanhecer.




AJ Bueno
Enviado por AJ Bueno em 06/10/2011
Reeditado em 08/10/2011
Código do texto: T3261048
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