ALMA AMÁLGAMA
Brotou em mim flores
de angústia pura,
sopradas pelo vento das
miríades estreladas.
Cobre-me o véu assoberbado
Nas aventuras eventuais
das vagas torturadas.
Caminho etérea sobre espinhos
que se acentuam em rostos
apascentados contemplando
com sarcasmo o dom divino,
para esmaecer
silenciosa e repisada,
ferida, pelas pedras do caminho.
clamo socorro com vestes maltrapilhas,
mas os farrapos estão na alma que desfaz-se
julgando ser a que não foi, por culpas minhas,
enganando enfurecida ao querer dar-se.
Ainda resta-me pelo brilho das estrelas,
um céu escuro com trilhas a descobrir
e o salpicar dos raios em centelhas
Híbrido sol há de chegar-se sobre mim.
Volto ao inusitado canto das valquírias enlouquecidas,
sobrepondo os néscios do alvor emperdenido.
Sobre mim dormem as falsas nuanças
do clarão perpétuo prometido;
o meu despertar será soturno,
vago buscar de mãos darão o resumo
mostrando em salmos o lacre
espoliado e calmo
rezado em coro
por um fim desentendido.