Ode a lua
ODE A LUA
Desponta bem acima das nuvens,
Em noites claras de verão
povoadas de estrelas,
E bem lá na imensidão do horizonte
surge a Lua.
És amada
por ser tão encantadora;
És cobiçada
por ser grande inspiradora;
És inebriante
já que causas tanto furor.
Todos que a virem amarão
a ti de forma colossal,
mas nem todos que te olharem não verão
a sua verdadeira forma,
A de criança indefesa
perdida no céu,
camuflada entre as nuvens
intimidada por tantas fileiras de constelações.
Niguém vê seu pranto silencioso que
transforma em orvalho pela manhã,
Ninguém vê a sua solidão
rodeada e olhos apaixonantes, ou
mesmo a sua dor em cada palavra de
amor ecoada no ar.
Eu vi a tua tez pálida
recolhida no ar frio da noite,
com tantos rostos na terra rubros de amor,
Eu vi, o que ninguém viu,
a sua lágrima de pesar por não
compartilhar a mesma alegria
que todas compartilham contigo.
Se ao menos o meu ombro
fosse seu travesseiro
com certeza a minha e a sua tristeza
seriam uma só,
E cada um de nós
pelo menos uma única vez
dormiríamos embalados pela
melancolia dentro de nossos corações.