“Amor é fogo que arde...” queima os dedos
Soturna alma que clama
Delira almejando teu trôpego coração
Bisbilhota a tua calma, oferece-se a tua palma
E se entrega em devota paixão
Na ambição desse amor foraz que se esmera em se entregar
E na ternura de um coração manso que se envolve sem trégua
Na beleza dessa paixão se derrete a minh’alma em aquarelas
Como se prevê dos pólos da nossa terra
As minhas soturnas evoluções são calmarias
E como as “Marias” nem sequer guarda segredo
As minhas locuções são poesias
E como Camões já dizia:
“Amor é fogo que arde...” queima os dedos
A minha lúgubre vida passageira
Parece esperar você na próxima estação
É trem que viaja na escura e densa noite
Que espera a luz: Do teu coração