E na minha loucura, cuja alma debruça, pasmem!... Morre meu coração
Meu amor...
Quanta vez te quis beijar e sentir teu calor
Ansiei-te como quem espera um primogênito
Recolhi-me em meu silêncio por amor a tua alma
E num bem querer me afligi para não ver suas lágrimas
As curvas da noite tomaram forma grotesca e sem ti tudo tornou-se incolor
As flores tornaram-se pálidas, frias e sem motivo
As águas gélidas, intrépidas, dissabor
O luar insólito, mórbido, dedutivo
Por tua causa as noites se tornaram longas e triviais
As pessoas cansativas, a alma fugaz e uma triste ilusão
Por tua causa as coisas tornaram-se obsoletas,
E até as borboletas, se perdem caídas ao chão
Os mares se fizeram bravios,
Dor e tristezas, os meus navios
E na alma assolação
A saudade se faz minha bússola
E na minha loucura, cuja alma debruça
Pasmem!... Morre meu coração