E na minha loucura, cuja alma debruça, pasmem!... Morre meu coração

Meu amor...

Quanta vez te quis beijar e sentir teu calor

Ansiei-te como quem espera um primogênito

Recolhi-me em meu silêncio por amor a tua alma

E num bem querer me afligi para não ver suas lágrimas

As curvas da noite tomaram forma grotesca e sem ti tudo tornou-se incolor

As flores tornaram-se pálidas, frias e sem motivo

As águas gélidas, intrépidas, dissabor

O luar insólito, mórbido, dedutivo

Por tua causa as noites se tornaram longas e triviais

As pessoas cansativas, a alma fugaz e uma triste ilusão

Por tua causa as coisas tornaram-se obsoletas,

E até as borboletas, se perdem caídas ao chão

Os mares se fizeram bravios,

Dor e tristezas, os meus navios

E na alma assolação

A saudade se faz minha bússola

E na minha loucura, cuja alma debruça

Pasmem!... Morre meu coração

FidelisF
Enviado por FidelisF em 18/09/2011
Código do texto: T3227566
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