ALVORADA
Amanhece!
Restam da noite farrapos de ilusões,
de cheiros, de angustiados desejos,
de prazeres desfrutados,
de aprisionadas quimeras,
de dramas e primaveras.
Uma névoa espectral
cobre o cenário irreal,
qual mortalha incorpórea,
talvez querendo com isso,
apagar essas lembranças
ou renovar esperanças.
O céu, plúmbeo, ressalta
a soturna impressão,
e de roxos tons se mostra,
confirmando, mais ainda,
que o sonho ontem vivido,
jaz por terra, descaido!
Mas, como sempre acontece,
o sol o horizonte clareia
cobre-o de róseos matizes,
de alaranjados clamores,
lânguidos e tímidos azuis
alarmados amarelos,
vermelhos vivos de sangue,
roxos quase desmaiados
e dardejando, imponente,
ilumina tudo , inclemente.
E no novo dia que raia,
em fulgurante esplendor,
um passarinho ensaia
o primeiro canto de amor.
Amanhece!
Restam da noite farrapos de ilusões,
de cheiros, de angustiados desejos,
de prazeres desfrutados,
de aprisionadas quimeras,
de dramas e primaveras.
Uma névoa espectral
cobre o cenário irreal,
qual mortalha incorpórea,
talvez querendo com isso,
apagar essas lembranças
ou renovar esperanças.
O céu, plúmbeo, ressalta
a soturna impressão,
e de roxos tons se mostra,
confirmando, mais ainda,
que o sonho ontem vivido,
jaz por terra, descaido!
Mas, como sempre acontece,
o sol o horizonte clareia
cobre-o de róseos matizes,
de alaranjados clamores,
lânguidos e tímidos azuis
alarmados amarelos,
vermelhos vivos de sangue,
roxos quase desmaiados
e dardejando, imponente,
ilumina tudo , inclemente.
E no novo dia que raia,
em fulgurante esplendor,
um passarinho ensaia
o primeiro canto de amor.