CONVULSÕES

Quero convulsões de palavras tortas

De palavras malditas e benditas

E sacudir os sentimentos submersos.

Quero dividir segredos com outros.

Quero ouvir do fundo do silêncio o grito

Que possa acordar as almas doloridas.

Quero ouvir o vento nas cumeeiras

Levando ao chão as folhas secas

Quero escrever pensamentos já mórbidos e fugazes.

Quero as convulsões das metáforas

Esmaecidas pelo tempo

Que resplandeça num sonho que não quis sonhar.