RIO

Um olho d’água, uma nascente,

Um filete ao longo da serra.

Essa água cristalina e crescente

Deixa úmida a extensa terra.

Num percurso sinuoso e comprido

Vai se alargando conforme as enchentes,

Se tornando um rio famoso e destemido

Com centenas de espelhos reluzentes.

Berço fantástico de peixes diversos

Sacia a sede de animais e matas.

E nos paredões íngremes, adversos,

Se transforma em lindas cascatas.

Suas correntes severas e barrentas

Alimentam e encantam algum lugar.

Mesmo ferido pelas cidades sedentas

Beija apaixonado ao encontrar o mar.