SPIRITUM DESICCARE

SPIRITUM DESICCARE

A alma aflita grita!Reclama sua dor.

Pesa o pecado!

Sem tempo de reparação.

É sua a omissão.

Fleche de lucidez, não suporta!

O quanto fez sofrer aqueles,

Que o querem bem.

A alma não consegue...

Demonstrar o seu amor!

Dura, ensandecida

Não reconhece o Templo

Onde deveria habitar.

Os maus tratos degradaram o corpo

Onde devia a alma morar.

É lúcido não transloucado!

O espírito precisa dessecar;

Sabe que deve reparar o mal

Que a tantos fez.

Necessita castigar-se.

Tem consciência de seus atos

E o quanto a tantos prejudicou,

Receberás o bálsamo!

E tua alma anestesiar.

Do além virá a doutrina

Que lhe transformará.

Encontrará na eternidade,

Alma amiga, evoluída

Que de sua dor se compadecerá.

Fazendo com que percebas...

Que o bem é o caminho!

No qual deves trilhar.

Os amigos da eternidade

Sabem que essa alma travessa foi fraca,

E deixou-se embriagar

Pelas coisas terrenas,

Que aqui veio expiar.

Entrego-se sem reservas,

Aos vícios e prazeres,

Uma existência hedonista

Que seu egoísmo alimentou.

Mas a alma vale à pena,

Não é de todo mal.

Haverá de para luz se encaminhar.

Adormece alma!

Para que possas descansar.

Das aflições perturbadoras

Que passou para se libertar,

De um corpo carcomido,

Do qual já se desteceu.

Doloroso é seu caminho!

Quando a consciência o levar...

A perceber as mazelas, cicatrizes

Que sua alma deve suportar

Por desprofanar, o corpo que devias habitar.

O conforto será sentido por essa alma aflita,

Quando reconhecer entre os espíritos iluminados,

Um em especial que muito lhe quer bem.

Começará a purificar-se e sentir muita paz

Com o perdão amigo e a saudade

Sentida pelos que aqui deixou.

As orações recebidas o acalentarão!

E boa vibração na eternidade receberá,

Daqueles que de alguma forma se relacionou.

Poderá sentir saudades!

Das coisas boas que aqui deixou.

Sentindo-se perdoado encontrará a paz

Da qual tanto precisou.

Em seu gesto desfremado o espírito desencarnou.

Busca desiderare o seu desempacho.

O espírito desolado!

Mortifica-se para poder aflorar.

Dalém sentirse-á emanado de paz e perdão

Dadivoso de libertação.

O ESPÍRITO defeso não quer enlutecer

Desejoso da emancipação para o plano espiritual,

Sabe que vai receber a dealbada que lhe decernére,

Retirando de sua alma os ensalmos que o enganou.

Começa a compreender que deve ensejar

Aos ensinamentos que receberá.

Enternecer a alma entornada,

Mas que não é má.

Receberá a estima verdadeira

Daqueles que o receberam

Quando estremunhado acordar.

Seguir o facheiro que lhe conduzirá

Para o mundo onde se doutrinará.

Tornando-se o mais fiel fâmulo do misericordioso pai.

Fac-símile dos mandamentos e virtudes

Do Misericordioso pai,

E não um franfreluche que não sabe aonde vai.

Ao JAZ com amor

LUCRÉCIA