Minha estrada

Eu hoje te vi passar, estavas distante.

Era um infinito por do sol e eu esperando à noite para sonhar.

Teu cheiro me deixou no vazio

e tua silhueta disforme me fez pensar em nós...

Disforme e sem lastro, opaca e indolor, fria e angustiante.

Você passou.

A minha estrada de ladrilhos finos ficou mais longa.

Meus pés descalços mais calejados ficam, e respiro ofegante.

Mas não me curvo diante das atrocidades de quem me gosta,

vou escrevendo meu enredo em letras garrafais e

o ontem, que me fez velho e sem espírito, já ficou para trás.

Minha estrada segue, mesmo sem você.

Vou começar de novo, como águia que sou.

Tenho feito tudo isso.

Esperanças, querências, enfim, tudo de novo.

Mais uma vez.

VALBER DINIZ
Enviado por VALBER DINIZ em 19/08/2011
Código do texto: T3169023
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