PROCESSUALÍSTICA

Chega de saudade

E de viver triste na solidão

Andar sozinho pela praia

De Ipanema até o Leblon

O velho pato protestou da situação

Qüem, qüem, qüem, qüem

Sem Isaura, Doralice, ou mesmo Lígia

Estou sem ninguém

Sem barquinho e violão

Sem cantinho pra ilusão

Cantar o Cristo Redentor?

Aquele tempo hoje passou

Até Pedro Pedreiro

Na travessia em disparada

Trocando em miúdos

Gritou protesto é um saco

Ole, ole, olá

Não me aborreça neste inverno

Meu coração de estudante

Já não agüenta militante

(Ave Maria cheia de graça

Que coisa mais linda

Que vem e que passa

Num doce balanço do vosso ventre

Caminho do mar

E agora na hora da nossa morte

Por que estou tão sozinho?

Por que tudo é tão triste?

Vou te contar...)

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texto publicado no meu livro de poesias e outras incursões "Viajando em Você" em vias de ser lançado