VOZEAR DAS GAIVOTAS
O sol ao amanhecer é mais lindo.
Sentada nesse rochedo,
que não me responde.
A brisa úmida molha minha pele,
com delicadeza como uma roupa perfeita.
As gaivotas não cessam seu bailar ,
em busca de seu café da manhã.
Pareço ouvir seus pensamentos,
Insistentes em desejar outro petisco.
Imenso mar revoltoso;
Dividindo a atenção destes rochedos,
Eles também não lhe responde,
mais você não deixa de insistir.
Cada grão dessa areia branca.
Uma vida podes colher.
Nessas formas abstratas,
Que você constrói ao tocar,
com sua insistentes ondas.
Poderia ser uma rainha nesse momento.
Sua rainha, Deusa ou criadora,
Mais preferes os rochedos,
e seu silencial estado.
Seria uma gaivota
Uma cirrocephalus
Bico vermelho, capuz e dorso cinzento,
Anel orbital vermelhos e iris brancas.
E assim você teria que me ouvir.
Ofereceria-me o café da manhã para me cortejar
E o almoço para me agradar,
e todos os dias me alimentar.
Mais você apenas pensa nos rochedos,
Silenciosos rochedos a te dominar.