Minha menina!
Minha menina!
Não a teci em meu ventre
Mas a gerei em poesia,
Abracei-a em sua chegada
No coração enternecido...
Eu a acolhi em sonhos.
E te amei, ah como te amei!
Nossos momentos foram tantos
E a cada partida sua...
Meu coração se partia.
E hoje meu parto foi demorado
Cheio de dor e saudade,
Que maldade é essa?
O Fórceps, arrancada foi de mim.
E nem foi eu quem a gerou,
Mas aqui estou em pranto...
Sem entender esta dor de amor
Que plantada foi em mim...
Deixando-me assim:
Com pena ao ver-me...
Decepada pedaço por pedaço
Deste meu coração...
Que chora a perda da filha
Escolhida para eu amar.
À você menina a quem aprendi a amar!