Natureza em luto
Obs.: Este texto complementa o "Natureza em festa".
Seguem seu curso, tranquilas, as águas,
até confluírem nas vilas.
A partir das tais, no entanto,
parecem perder o encanto.
Não há mais folhas a aplaudir, festivamente.
A fumaça, a poeira, o fedor e a sujeira insistem,
transformando a paisagem daquele ambiente.
Harmonicamente, tudo procedia;
porém, mediante uma visão sócio-econômica e fria,
o progresso, ali, obteve a primazia.
Não há mais aplausos...
Nem o som das águas serenas.
As vilas expandiram-se, projetando-nos outras cenas.
Já não experenciamos a natureza em festa no dia-a-dia.
O saudosismo, entretanto, impregna nosso ser.
Talvez o homem racional tenha colocado tudo a perder.