OUTONO
Folhas de outono caem sem parar,
o vento balança as copas,
destroem ninhos,
passarinhos sem rumo,
apenas teu canto soa mais triste.
Terra seca,
poeira levanta,
a sede maltrata,
somente a fumaça das queimadas.
Na quietude da noite,
sons da fome, pastos ressecados,
o gado morre a míngua,
abutres cercam a morte...devoram a carne apodrecida.
Seca...consome corpos,
ressecam a alma,
ensurdecem o amor,
saudades de um dia voltar à minha terra.
gilms