INTERIOR MINEIRO

A avenida se estende toda:

"Um gato se espreguiçando".

As ruas verticais,

vértebras de uma dorsal.

No mais alto,

a capelinha.

Em volta

um monte de casas.

Joelhos dobrados

dizendo amém e amém.

Telhados cabisbaixos reverentemente

com sincero respeito

rezando.

Todo um povo grato.

Continuamente

amanhecendo e anoitecendo.

Bucólica cidade do interior.

No centro, as matrizes

(nossa senhora da Boa Morte e da Piedade)

Na lateral, senhora do Rosário,

Na adjacência, senhora do Carmo.

A tarde passa lenta desfiando o terço do dia.

L.L. Bcena, 10/03/2011

POEMA 308 – CADERNO: CHEGADA NO PORTO.

Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 12/07/2011
Reeditado em 12/07/2011
Código do texto: T3090403
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