INTERIOR MINEIRO
A avenida se estende toda:
"Um gato se espreguiçando".
As ruas verticais,
vértebras de uma dorsal.
No mais alto,
a capelinha.
Em volta
um monte de casas.
Joelhos dobrados
dizendo amém e amém.
Telhados cabisbaixos reverentemente
com sincero respeito
rezando.
Todo um povo grato.
Continuamente
amanhecendo e anoitecendo.
Bucólica cidade do interior.
No centro, as matrizes
(nossa senhora da Boa Morte e da Piedade)
Na lateral, senhora do Rosário,
Na adjacência, senhora do Carmo.
A tarde passa lenta desfiando o terço do dia.
L.L. Bcena, 10/03/2011
POEMA 308 – CADERNO: CHEGADA NO PORTO.