A Casa de meu Pai

Revejo os traços parcos da sabedoria de antes,

quando com um terço na mão me dizias das coisas de Deus.

Que Ele criou todos os seres e tudo que há,

meus dias, teus dias e o eterno tempo.

Falavas de uma casa grande, de muitas moradas,

de como eram belas as escadas e os cômodos brancos.

Um véu que cobria toda a planície de plumas,

de verdades, de imaculadas formas. A Casa de meu Pai.

Era composta de homens de bem, de fatos e bravuras.

Homens que defendiam sua posição e fé e contra tudo e todos

deixaram-se levar pela promessa simples de um mundo novo.

Na casa de Deus, há lugares eternos aos que querem vir.

É grande e única, é esplêndida e límpida...

Traz consigo a verdade em palavras simples

guardadas em livros santos e que os anos não corromperam.

Verdades, sim, e únicas em todos os sentidos.

Seus líderes revestem-se de puro linho e ouro intenso,

humildes e serenos, filhos do tesouro maior.

Não levam suas riquezas aos túmulos e desenham de singelezas suas vidas.

Deixam casas, pais e amores e se casam com a única expressão de fé:

Jesus.

São mentores de uma fé inabalável e ainda que tropecem,

têm em suas mentes a certeza da promessa.

“São atos, pensamentos e palavras.”

Gestos universais de mais linda e coerente certeza:

a de que Cristo é o maior dos Reis e sua Casa o lar indestrutível.

VALBER DINIZ
Enviado por VALBER DINIZ em 08/07/2011
Reeditado em 29/09/2011
Código do texto: T3083236
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.