A Casa de meu Pai
Revejo os traços parcos da sabedoria de antes,
quando com um terço na mão me dizias das coisas de Deus.
Que Ele criou todos os seres e tudo que há,
meus dias, teus dias e o eterno tempo.
Falavas de uma casa grande, de muitas moradas,
de como eram belas as escadas e os cômodos brancos.
Um véu que cobria toda a planície de plumas,
de verdades, de imaculadas formas. A Casa de meu Pai.
Era composta de homens de bem, de fatos e bravuras.
Homens que defendiam sua posição e fé e contra tudo e todos
deixaram-se levar pela promessa simples de um mundo novo.
Na casa de Deus, há lugares eternos aos que querem vir.
É grande e única, é esplêndida e límpida...
Traz consigo a verdade em palavras simples
guardadas em livros santos e que os anos não corromperam.
Verdades, sim, e únicas em todos os sentidos.
Seus líderes revestem-se de puro linho e ouro intenso,
humildes e serenos, filhos do tesouro maior.
Não levam suas riquezas aos túmulos e desenham de singelezas suas vidas.
Deixam casas, pais e amores e se casam com a única expressão de fé:
Jesus.
São mentores de uma fé inabalável e ainda que tropecem,
têm em suas mentes a certeza da promessa.
“São atos, pensamentos e palavras.”
Gestos universais de mais linda e coerente certeza:
a de que Cristo é o maior dos Reis e sua Casa o lar indestrutível.