VIAJANTE

VI AJANTE

Pela janela o cansaço

De junto a paisagem

Se ia aos poucos a disposição

O ânimo era miragem

E os segredos do dia

Se desfazia no crepúsculo torpe

Morriam com o tão grande astro

E escureciam com tão fria noite

Mas não era a morte,

Ainda não me libertaria

Antes disso pelo cansaço,

Cativo ainda seria

A dor de morrer me impede

Fugir impossível seria

E o descanso era um tormento

A vida cansado sentia

Diria na face:

Sou viajante.

Chegarei um dia.

Morrerei contente.

Mas não agora.

O cansaço me impede.

A resignação me prende.

E a dor ainda me consome.

Às voltas tantas

Seguia as folhas na rua

E o pensamento subia

E sumia com o vento

À mente tanta coisa solta

Vagando em seu centro dispersante

Parado ali estava

Mas a mente, esta viajava

E os olhos atraídos

Em um instante retornavam

Algo esqueci

Me vi traído

Outro ônibus perdi

Desamparado estava.

jonnez
Enviado por jonnez em 01/07/2011
Reeditado em 01/07/2011
Código do texto: T3069335
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