Na voz ao vento. ,

Na voz ao vento.

Vem lá, no alto, fazia muito frio

Era o famoso vento, num triste lamento

Vento gemia e como ele gemia

Contorciam-se e tudo ele levava

Reclamava, sem nunca ele parar...

Eu estou aqui. Sou eu o vento. E ventava

Vento que trabalha, sem parar

Sem horas marcadas, compulsivamente

Sem descanso, não tinha feriados

E sempre muito atarefado e ocupado

Vento que nos soletra, eleva os pensamentos

Em belos momentos, momentos de amor

Refresca o corpo, traz a canção de embalar

Com lindos sentimentos, muito amor...

Vento vingativo, o vento que foi esquecido

Não olha a meios, tudo devastas e levas

Destróis quem não ama e não te venera

Devastas tudo, e tudo levas sem piedade

Sem medos, sem pena e sem a senhora culpa

Vento, que trazes as vozes, sussurra recados

De amores sozinhos e por ai ainda abandonados

Também dos teus lamentos pela terra maltratada

Vento que não te amordaçaram e nem te calaram...

Betimartins

Betimartins
Enviado por Betimartins em 28/06/2011
Código do texto: T3062285
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