Ode às árvores

Ode às árvores

Delasnieve Daspet

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Abro os olhos

Enevoados pela ilusão

No universo de ordem absoluta.

.

Desatenta e atordoada

Pelas desatenções da vida,

Não observava a árvore robusta,

De copas farfalhantes,

Como sentinelas, lado a lado,

Davam passagem ao vento,

Em surdina.

.

A mata arranca vida do solo,

No silêncio da noite,

Assim como o homem,

Tem veias por onde circula a seiva.

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Desde a vegetação que entapeta a terra,

Ás grandes árvores que entregam a vida

Em nome do progresso.

Tudo é feito em favor da vida, do amanhã

DD_Campo Grande - MS, 24.06.10

- Da série Morte-Vida" -