O meigo e mórbido silencio das flores.


Essa névoa
Coberta de bondade e de flor
Que por agora sorri e canta
Uma doce canção de juntar memórias

Essa névoa
Um estranho
Alguém que me fizesse saber de mim
Algo que já não me envolve.

E depois,
Aquele som de martelo
Aquela voz
O mato seco
As folhas velhas
A poesia
A primavera

Coisas que vão facilmente
Que à gente mal encanta
Que aqui agora nesse momento
Embaladas numa manhã de vinho e de vento
Despertam
O meigo e mórbido silencio das flores.