Equivalente
Esfaqueando
Dentro do meu mundo
Preso e variando
No meu estranho planeta solitário
Vivo sonhando
Neste mundo inseguro
Ainda não encontrei o tesouro puro
Navego em mares cheios de deriva
Espero ter uma priva
Brinco na minha variante
Sou como um negro xavante
Dentro do meu jeito obsceno
Para muitas mulheres aceno
Busquei e não sei se encontrei
Um Perdido virei
No meu olhar de estranheza
Desejei encontrar a verdadeira beleza
Desgarrado do meu pastor
Virei apenas um bajulador
Sinta o cheiro da minha podridão
Veja muitas lavas saindo do meu coração
Através da minha capa misteriosa
Eu sou uma desgraça maldosa
Por que tudo que vejo
Eu lampejo
Sendo pugente
Não sendo gente
Drogado do Amor
Na biografia da dor
Eu sei
Eu mesmo direi
Eu sou uma aberração
Não tenho alma e coração
E aquilo que me olham
Não tem discrição
Nesta merda de guerra
É lindo ver um cantar de uma cigarra
Agora vivo preso em lugar
Onde me oferecem entretenimento para trabalhar
Está chegando meu fuzilamento
E tudo no meu ser ficou no cancelamento
Que fúria deprimente
Mas meu senso crítico permanente
Explica a minha contra mão
Afetando diretamente minha coesão
Na diferença contra igualdade
Ganha de presente a solidão de maldade
Só que não explica minha incredulidade
A minha infidelidade
Eu mereço morrer
Mas para quer viver
Se o inferno está dentro de você
Mas na minha poesia eu posso dizer
Feliz eu queria envelhecer
Eu sou mamífero
Eu sou ser humano
Eu sou racional
Eu sou anormal
Não sou valente
Mas sou equivalente
Então
Escute isso
Ouça o que digo
Mesmo não sendo seu amigo
A vida não é segura
A vida é dura.