MARGINAL
À margem do ônibus
O dia amanhecia.
À margem da estrada
O casebre despertava.
As luzes eram acesas
Enquanto os moradores
Preparavam-se para o dia.
NOVA LIDA.
Eu lutava contra o sono
E quase adormecia.
Para despertar
Pensava na poesia
Daquele amanhecer.
Sabia e como sabia
Que nunca escreveria
À grandeza da beleza
Daquele momento.
Nunca expressaria
A poética que testemunhava.
À margem,
O sol se mostrava,
O casebre acordava
Eu poesia sonhava.
L.L. Paraty, 11/01/2011
POEMA 116 – CADERNO: TÊNIS VELHO.