A lua e eu
No outono litorâneo, lugar de beleza não muito comum
Apareces, de modo tão diferente
Entre nuvens alvas, algodoeiras, pelas sombras, me vens de repente
Num céu que de dia brilhara intensamente!
Mas quem pode fugir, desta estação?
Deixa tudo tão agaroado faceiramente!
A noite pede caldos, quem sabe uma pipoca
E eu na varanda a te contemplar
Assim tão belamente!
Formosura ímpar, em pleno outono assim tão clara
Pra saudar pessoas, que esperam um bem-vindo de ti...
Na tua fase mais deslumbrante, és tu lua clara, cheia...
me enchendo de mimos, presente raro pra mim
Do meu Criador supremo.
Romilda Gomes