o dia de minha morte {...}
Quando acordei eu me vi chorando
Confesso que minhas lagrimas eram frias
Talvez fosse mais um sonho de morte,
Em que eu revivia minhas alegrias
Era um domingo de chuva, fazia frio
Tenso era eu olhar meus amigos
Eles não podiam me ver, eu os via
Lagrimas que formavam um rio
Eu me sentia tão só, sozinho eu chorava
Pensando em minha vida e meus dias
Os tristes sem ter você aqui comigo
E os Diaz felizes, em que ti amava
Senti um cheiro forte de flores frescas
Me via agora passeando em um jardim
Ouvia ao longe o choro da minha amada
Soluçando e dizendo, volta pra mim
Não poderia voltar, da vida eu me despedi
Pude ver você me olhando e acarinhando meu rosto
Pagando sua promessa, não estava chorando
Mas seu rosto era dor, sabendo que morri
Eu era invisível ao olhos humanos, meus pais em comoção
Meus irmãos sustentando pose de homens fortes
Mas por de trás dos óculos escuros eram lagrimas
Perderam mais que um amigo, perderam o irmão
Minha mãe me olhando, eu olhando minha velha amada
Talvez seu choro nem fosse tão forte meus amigos
Se no dia anterior em telefonema eu não tivesse dito
Eu ti amo minha velha adorada
Hey paizinho, não chora, sustenta sua pose e sorri
Pois brigamos, discutimos, e gritamos
Mas foi nessa vida meu porto seguro
Deu-me todo amor enquanto eu vivi
Ela me olha e segura o choro, engasgada
Seu rosto é abatido e sem alegria, ela sofre
Perdeu aquele que mais lhe amou na vida
Seu peito é frio, feito uma manhã gelada
Morto estava meu corpo, minha alma assistia
Dos amigos eu vi não mais que dois ou três
Meus familiares, colegas, irmãos
Um ou outro primo, algumas tias
Segurem o choro e vamos ler um poema
Diz meu pai com o papel nas mãos
Foi escrito enquanto pulsava em mim a vida
Hoje entoado pelos amigos, como uma canção
Acordei e lagrimas de esperança em meu olhar
Deus me mostrou a minha morte e chorei
Acordei entendi que foi mais uma chance
Pra viver, sorrir, pra sonhar