PRECISO MUITO
01.06.06.
 
 
Criatividade, vocês quase acabaram com ela
Eu aguento muita coisa, menos sua memória desmiolada
Não penso “tenda dos milagres” nem no homem perfeito
Porém pego minhas mazelas e vou em busca de algo melhor
Sou assim de pagar para ver
Enquanto não realizar minhas “impossíveis” libações
Enquanto não brilharem essas luzes de foco
Enquanto não ver o reflexo das mesmas
Sou brasileiro, não desisto nunca
Ou se é um só corpo ou cada corpo segue seu penoso caminho sozinho
Acreditei no casamento de um só corpo
Rasguei o véu, a grinalda e acreditei
Não irei compartilhar minhas pérolas aos porcos
Nem dividirei minhas lavagens com a nobreza
Esse é meu castelo, assim é meu castelo
 
Minhas favas já plantei
Sou inconsciente
Sou inconsequente enquanto me for mister
Preciso que faças parte, que entre
Que fale, que seja, que esteja no próximo instante
Que seja mil vezes melhor que antes
Um dia tudo se encaixa ou sigo meu caminho sozinho
Quem sabe sozinho, até de mim separado
 
Permuto meus dias com o Sol
Espero da Lua uma luz tipo farol
Assim sou nesses poucos cabelos
Sinais de minha canceriana má vontade
 
Não existe uma cor, um corpo ou um beijar
Existe um cérebro que me compreenda
Ele deve estar em algum lugar
 
Minhas favas já plantei
Já catei meus coquinhos e plantei bananeiras
Besteiras, bandeiras e
Ainda prossigo doce como o mar e amargo como o mel
 
(deixemos de lado essa mania de culpar os outros por nossas incapacidades)
 
Marcelo Braga
Enviado por Marcelo Braga em 11/05/2011
Código do texto: T2964265
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