SOMBRA, QUANDO QUERO SOL ME TOSTANDO A CARA
06.11.2008.
 
 
 
Acordo sem saber para onde ir; o que fazer
A poesia me permite dizer coisas sérias e ser perdoado
Minha disposição para ser feliz anda completamente...
Tenho medo do mundo que está se formando na “grande rede”
Descanso mesmo sabendo que estou desperdiçando vida
O silêncio dos quartos fechados tem seu preço
Os livros que leio me são como filmes que me agitam
Minha pressa é única e exclusivamente contra o tempo
A televisão mostra monstros em forma de ser humano
Felizes são os cachorros, os pássaros livres e os peixes
Quanto mais pobre a comunidade, mais fé
As horas que passo calado me entorpece de angústia
Existem situações irreversíveis e o problema está na mente
Não suporto ver textos piores que os meus
Não suporto a dublagem de comerciais americanos
Não suporto caras mais feias que a minha
Não suporto a decência, o declínio, a decadência
A cacofonia, o grito, o desritmo, a arrogância
Aparecem poucas cartas, telefonemas e alguns e-mails
O céu insiste em nublar sobre meus passos; sombra para mim
Sombra quando quero Sol me tostando a cara!
 
Marcelo Braga
Enviado por Marcelo Braga em 09/05/2011
Reeditado em 09/05/2011
Código do texto: T2958519
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