DE LONGE

De longe podia-se ver

Um monte

Sua copa verde

Como um chapéu

Uma proteção,

Olhar paterno

De longe há silêncio

A distância

A ausência

Que pesa pelo olhar

Vigilante

De perto uma flor de cheiro

Olhar materno

Pétalas abertas

A exalar um perfume bom

Inebriante

De longe o silêncio pesa

Olhar de ausência

A flor vai murchando

Lentamente

De perto

O silêncio se aproxima

Lentamente

De perto

Tudo fica distante, ausente

Como um chapéu em proteção

Silenciosamente.

INALDO TENÓRIO DE MOURA CAVALCANTI
Enviado por INALDO TENÓRIO DE MOURA CAVALCANTI em 03/05/2011
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