Mar de Poesia

Os últimos raios saúdam

a noite que se inicia

e um clarão repousa

nas águas frias.

Não sei bem o porque

de não gostar da noite.

As sombras me angustiam.

À noite, vivo menos.

Luzes espaciais não

me trazem paz,

nem me fazem companhia.

Se adormeço, não sei

o que fiz do tempo

e o que ele fez comigo.

Anoitece e tudo que queria

era um barco de sonhos

que me levasse a mares de poesia.