Morre poeta, morre no singelo e sublime leito

Sento-me na sacada da minha saudade

E alma á beira da marquise aguarda tua chegada

Os ventos sibilam e do alto sinto minha taquicardia

Nada de você aparecer

Esmaece o sorriso e um sentimentalismo bobo me atormenta

Sinto te envolta, não nos meus braços...

Mas quem estará contigo nessa hora?

Vagos pensamentos de desprezo e solidão

Quando percebo, vejo-me lançado de mim mesmo... da minha sacada

Caindo, um suspiro rouba-me o sentido... quem sou?

Percebo o quanto está ausente

Nem ao menos despediu-se... fechou o MSN e se foi...

Nos lábios um amargo gosto de desespero. Se não for amor é um vício...

Usando meus sonhos como colchão, tombo ao chão e sobre eles me protejo de morte iminente... quase morro.

Você não está se importando... simplesmente se foi.

Saio da vida..entro na história

E deixo escrito essas palavras...

Amei e senti-me amado...

Roubado, quiçá, de minhas volições e anseios

Saio da vida e entro na memória

Repousa, repousa agora

Morre poeta, morre no singelo e sublime leito

FidelisF
Enviado por FidelisF em 26/04/2011
Código do texto: T2933097
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