Criatura

Criei você a bico de pena.

Escrevi sonhos, desejos, transparência.

Morro de amores, criatura minha,

nos poemas escritos à luz da lua.

Sinto nos olhos o ódio escravo.

Desejo de vingança!

Foge do controle, poeta errante.

Espero o sol clarear o delírio.

Penso que existe, ofereço o céu.

Na noite escura acalenta meus gritos.

Ao amanhecer morre comigo.

Fátima Souza
Enviado por Fátima Souza em 26/04/2011
Código do texto: T2931329