Primeiro porre de amor.

Corrida, turva vista em cada gole.

Descida, íngreme de labor.

Caustica insônia a esperar,

Caos na floresta cinza de pedra.

Você que carrega, mas não sabe aonde leva;

Amargor, rompante de elaboradas seivas,

Místico vislumbrar do desencontro.

O paladar sádico no néctar de estar,

Curvas sinuosas transparentes de desejo,

Eclipse conjugal no ferver dos lençóis.

Insinuo contido em cada gole ingerido,

Doces suspiros que o peito aceita.

Furtiva gota destilada em cilada,

A cada pisada, pobre desalmada,

Pesada dose de concepção.

Destemido coração.

Titular tempera com gelo,

Traição retida, tato dolorido,

Com o licor; deliro.

No fundo do copo

Um escuro exílio.

Próspero sonífero, que insisto

Eu, absinto.

Sem sinto.

Perto do destino tímido

Nego a embriaguez,

Do primeiro gole de amor.

wilsom mel
Enviado por wilsom mel em 25/04/2011
Código do texto: T2929090
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