Campestre sinfonia
Vejo um pássaro no fio,
enquanto a chuva faz um rio
lá em baixo no asfalto,
que espio daqui do alto.
enquanto a chuva faz um rio
lá em baixo no asfalto,
que espio daqui do alto.
A visão é panorâmica,
uma paisagem bucólica.
No parapeito de cerâmica,
minh'alma quase melancólica...
Minha casa é um silêncio,
pois que sozinho estou,
olhando a manhã cinzenta
sem o sol que não despontou.
pois que sozinho estou,
olhando a manhã cinzenta
sem o sol que não despontou.
De novo para o fio
convirjo meu olhar.
O passarinho sente frio,
a plumagem a eriçar.
convirjo meu olhar.
O passarinho sente frio,
a plumagem a eriçar.
O silêncio é interrompido
por uma doce melodia:
é o canto daquela ave
que chalreia em sintonia...
Da janela em que estou,
panorama em detalhes,
vi, foi-se o pássaro. Voou
do fio para as árvores.
panorama em detalhes,
vi, foi-se o pássaro. Voou
do fio para as árvores.
Desfalcando a sinfonia,
deixou-me à janela,
no silêncio, olhando a chuva
e o rio a correr com ela.
Imagem: Google - pessoal.utfpr.edu.br