Ode A Camélia!
Se com o tempo, tornam-se mais belas,
fortes, onipotentes, quanto eternas;
tanto as colinas, quanto um rio vertente
por entre montes, e suas frestas
contigo nada difere, Ó Camélia!
Se tão calmante, permanece a relva
molhada, ou mesmo em luz banhada
ao Sol, ou ao frescor de suas águas
celestes, divinais, em batismo as terras...
contigo nada difere, Ó Camélia!
E se também, sutil e brande
ainda é a luz sob a treva
que porém, na noite manifesta
suas figuras estrelares, e brilhantes
seus olhos nada diferem, Ó Camélia!
E, se no Universo, o tempo é constante
todo male que seja, ele leva;
faz mais maduro, singelo, o teu semblante
e mais parece, que passando
Faz-te bela!